Max Weber |
1.
“[...] a carreira de um homem de ciência se constrói, em última análise, totalmente em pressupostos plutocráticos. Pois é um risco extraordinário para um cientista jovem, sem bens de fortuna, expor-se às condições da carreira acadêmica. Deve, pelo menos durante alguns anos, poder sustentar-se com os seus próprios meios, sem saber se, mais tarde, terá a possibilidade de obter um lugar que lhe permita viver.No trecho acima , Weber compara duas formas de se fazer ciência. O primeiro, plutocrático, que vigorava na Alemanha. O segundo, burocrático, que vigora nos Estados Unidos. Desenvolva o cada modelo descreve, e diga, em sua opinião, qual o modelo que a UFABC mais se assemelha.
Nos Estados Unidos, pelo contrário, vigora o sistema burocrático. O jovem é remunerado, desde o início. Com moderação, sem dúvida. O salário, na maioria dos casos, dificilmente corresponde ao nível da remuneração de um operário medianamente qualificado. De qualquer modo, ele começa com uma posição aparentemente segura, pois recebe um salário fixo”.
2. Weber em seu texto transcorre de que o cientista deve fazer ciência pela ciência (vocação). Fazendo um paralelo entre o divino e o profano (que caminham juntos), sendo o primeiro a ciência como paixão e o segundo cumprir as expectativas sociais seria realmente possível fazer ciência pela ciência?
3. Texto 1:
“Todo o jovem que se sente chamado à profissão acadêmica deve ter uma consciência clara de que a tarefa que o espera apresenta uma dupla vertente. Deve qualificar-se não só como sábio, mas também como professor. E estas duas facetas estão muito longe de coincidir. Pode alguém ser um sábio excepcional e, ao mesmo tempo, um professor horrivelmente mau. (...) Quando de um docente se diz que é um mau professor, isso é para ele, na maioria dos casos, uma sentença de morte acadêmica, ainda que seja o maior sábio do mundo”.Texto 2:
“O paradigma do professor reflexivo, isto é, do professor que reflete sobre a sua prática, que pensa, que elabora em cima dessa prática, é o paradigma hoje em dia dominante na área de formação de professores. Por vezes é um paradigma um bocadinho retórico e eu, um pouco também, em jeito de brincadeira, mais de uma vez já disse que o que me importa mais é saber como é que os professores refletiam antes que os universitários tivessem decidido que eles deveriam ser professores reflexivos. Identificar essas práticas de reflexão – que sempre existiram na profissão docente, é impossível alguém imaginar uma profissão docente em que essas práticas reflexivas não existissem – tentar identificá-las e construir as condições para que elas possam se desenvolver”.Weber, em seu texto (Texto 1), descreve que é raro encontrarmos um profissional que seja um bom professor e ou um cientista ao mesmo tempo. Entretanto, pelo paradigma do professor pesquisador, vemos uma visão mais completa e atual da carreira docente. Faça um comparativo entre essas duas visões.
4.
“A intelectualização e a racionalização geral não significam, pois, um maior conhecimento geral das condições da vida, mas algo de muito diverso: o saber ou a crença em que, se alguém simplesmente quisesse, poderia, em qualquer momento, experimentar que, em princípio, não há poderes ocultos e imprevisíveis, que nela interfiram; que, pelo contrário, todas as coisas podem – em princípio - ser dominadas mediante o cálculo. Quer isto dizer: o desencantamento do mundo”Quando, em seu texto “Ciência como Vocação” (1993), Max Weber fez referência ao momento denominado por alguns teóricos como “modernidade”. Para Weber, esse tempo seria caracterizado por uma intensa perda dos sentidos existenciais e essenciais de tempos passados. Segundo a teoria Weberiana, o desenvolvimento científico a partir da racionalização seria uma das causas do que ele chamou de “desencantamento do mundo”?
5.
“... toda a ‘realização’ científica significa novas “questões” e quer ser ultrapassada, envelhecer. (...). Chegamos assim ao problema do sentido da ciência. (...) Por que cultivar algo que, na realidade, não tem nem jamais pode ter fim?”.O ser humano avança em todas as áreas do conhecimento, descobrindo, inventando e ultrapassando cada vez mais fronteiras. Entretanto, a busca pelo conhecimento parece não ter fim. Esse conhecimento ‘infinito’ não seria um fator desestimulante para o cientista?
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